Pelotão Cavaca
Desporto
Caminhada pelas margens do Rio Beijames.
Dando continuidade a uma serie de magníficas caminhadas pela nossa Estrela, hoje de tarde resolvemos percorrer as margens de um lindíssimo rio, o Beijames.
A povoação de Verdelhos fica, sensivelmente, a meio do aluvião. Tem o privilégio de se situar no epicentro de um vale magnífico, outrora uma aldeia de xisto que a emigração e uma certa insensibilidade fizeram que este património se perdesse em grande parte. Urge fazer algo para evitar que umas réstias, deste património, se perca definitivamente.
Algum calor no inicio da nossa caminhada.
Outrora, o vale do rio Beijames era constituído azinheiras e carvalho negral nas cotas mais elevadas e por castanheiros até às terras chãs. Os campos constituíam um mosaico que revelavam uma intensa actividade agro-pastoril.
O rio Beijames que deu nome ao vale por onde corre, nasce na zona dos Poios Brancos, afloramento rochoso, onde se encontra o marco geodésico com o mesmo nome, no concelho de Manteigas, tem o berço no Vidoeiro, deslizando pelo Beijames, Serra de Baixo para, seguidamente dar um grande salto e projectar-se 300 metros mais abaixo, no Aguilhão, um outro afloramento, constituído por blocos sobrepostos de granito (thor), para receber as águas das ribeiras do Espinheiro e da Portela e, aqui sim, começar a ganhar a forma de rio.
Ao fim de 45minutos a caminhar, chegamos a esta pequena barragem.
Este rio Beijames serpenteia majestosamente em frente da fraga da Pena, Abitureira, pela chamada serra do Espenhaço do Cão, e diminui a sua pujança, ainda que tenuamente quando as suas águas começaram a depositar os inertes que deram origem aos primeiros campos agrícolas do vale – a zona dos muros que se alongam para jusante até ao seu términus. O rio contribuiu decisivamente para criar o maior vale de aluvião da Serra da Estrela.
Aproveitamos para um registo local algo humorístico.
Depois de alguns minutos refrescantes, demos continuidade à caminhada.
Esperava-nos quanto a mim, o local mais bonito de toda esta caminhada.
Fontes a brotar água fresca pelas rochas, eram muitas.
Chegamos até onde nos foi possível,,, quase à nascente do Beijames.
Aqui aproveitamos para refrescar e tomar a temperatura à água.
Depois de uns leves petiscos, toca a caminhar novamente.
O facto de ser um vale de aluvião e não haver vestígios da última glaciação na Serra da Estrela, a wurmiana, não significa que não possa ter sido influenciado, mais a montante, por outras glaciações. A presença de um bloco de granito 40 metros acima da cota do rio, na zona dos Muros, numa encosta constituída por rochas sedimentares é relevante.
Apesar de belo, hoje, no vale do rio Beijames, predomina a cor do pinheiro bravo! Também a este nível seria interessante começar a dar outro tom cromático às suas encostas. Todos ganhavam!
Tão agradável caminhada, entristecia-nos o saber que estava a terminar.
Ao fundo deste vale ficava Verdelhos, local da nossa partida e chegada.
Fique a saber também que este pequeno rio apresenta apenas um percurso com 10km, que corresponde à quase totalidade da sua extensão.
Não havia apetite para regressar.
Mas houve apetite para umas cerejas a 0 €uros o Kg.
E pronto,,, colorin colorado...
E a nossa chegada não podia ter melhor recepção,,, uma abundante fonte de água fresca.
PRÁ SEMANA HÁ MAIS!!!!
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6 comentários
De Ricardo Abreu a 17.06.2013 às 21:04
É sem duvida um dos locais da nossa "Estrela" que me seduz cada vez que lá vou como se fosse a primeira vez.
Já por inúmeras vezes fiz quer de bicicleta quer a pé desde a Fonte serra para Verdelhos e vice-versa, e a meio da descida onde se encontra uma pequena bica, é obrigatório parar, é de tal ordem a beleza que se comtempla que duvido que alguém consiga passar indiferente. De igual beleza só do cimo da Cabeça da Azinha aí dá vontade de vir cá pra baixo a "planar"
Abraço Amigo
De José Cavaca a 17.06.2013 às 21:58
José Cavaca
De Ricardo Abreu a 18.06.2013 às 22:53
À Cabeça da Azinha posso ir na tua companhia e da tua família se assim o entenderes.
Para mim a Subida à Cabeça da Azinha inicio sempre à saída de Vale de Amoreira, depois falamos pessoalmente, e caso já tenhas uma data avisa-me já pra me "programar".
Abraço