Pelotão Cavaca
Desporto
Tamanho dos quadros.

Nos quadros de estrada, o ÂNGULO entre o tubo do selim e o chão varia, em geral, entre 72 e 74º. O TAMANHO DO QUADRO é, por norma, expresso em centímetros e corresponde à distância entre o centro do eixo do movimento pedaleiro e o centro do local de soldadura do tubo superior ao tubo do selim, admitindo que o tubo superior está em posição horizontal (se tal não se verificar, a medição considera o local onde o mesmo se posicionaria, caso estivesse na horizontal). Para um ciclista, o tamanho óptimo do quadro de estrada é calculado através da seguinte equação:
tamanho do quadro (cm) = altura de entre-pernas (cm) X 0,66
Exemplo: 80 X 0,66 = 52,8 cm
Para um atleta com um entre-pernas de 80cm, deve comprar um quadro com 53cm de altura.
Na escolha da bicicleta de estrada é também necessário verificar que, pelo menos, 10 cm do espigão do selim estão à vista (actualmente, com a tendência para acentuar o sloping do tubo superior do quadro, esta medida pode ser superior). O quadro tem vantagens em ser pequeno, por ser mais leve, robusto e manobrável; não deverá, no entanto, ser excessivamente pequeno para que o ciclista não fique muito curvado, nem seja necessário um avanço do guiador muito longo, um espigão do selim muito comprido ou um selim muito recuado.
O COMPRIMENTO DO TUBO SUPERIOR é função simultaneamente do tamanho do quadro e da relação entre a altura do ciclista e a sua altura de entre-pernas. No caso de ciclistas de ' tronco longo ', o comprimento do tubo superior deve ser 1 a 2 cm maior que o tamanho do quadro; no caso de ciclistas de ' tronco curto ', o comprimento do tubo superior deve ser 3 a 4 cm menor que o tamanho do quadro ; no caso de ciclistas de ' tronco proporcional ' devem ser semelhantes os dois comprimentos. Ajustamentos complementares e finais serão conseguidos através da opção correcta no comprimento do avanço do guiador a colocar na bicicleta de estrada.
Comprimento e ângulo do avanço
Depois de escolhido o quadro com as medidas correctas, e posicionado o selim, um dos ajustamentos finais é o do COMPRIMENTO E ÂNGULO DO AVANÇO que suporta o guiador. O objectivo é, agora, optimizar a posição do tronco do ciclista sobre a bicicleta. São duas as variáveis do avanço: comprimento e ângulo; a escolha dos valores correctos para as duas variáveis deve ser feita em simultâneo.
NA BICICLETA DE ESTRADA
Um dos critérios que pode ser utilizado para ajustar o COMPRIMENTO DO AVANÇO é função de uma linha imaginária vertical traçada a partir do nariz do ciclista, quando está sentado no centro do selim, as mãos no guiador, em baixo, os braços dobrados, em posição normal e confortável, e a olhar em frente. Essa linha vertical deve passar pelo centro do guiador. Outro critério toma em consideração a distância entre o cotovelo e o joelho do ciclista, quando as duas articulações estão o mais próximo possível. Com o ciclista na posição acima descrita e a bicicleta a avançar em linha recta, entre o joelho e o cotovelo deve existir uma distância de 2 a 5 cm. O ÂNGULO DO AVANÇO permite, por outro lado, ajustar o desnível entre a parte superior do selim e o guiador. Para ciclistas de estatura normal, o guiador deve estar 8 cm abaixo do selim; para ciclistas de estatura elevada o desnível pode atingir os 10 cm, enquanto que para ciclistas de estatura baixa não será superior a 4 cm.
O RECUO DO SELIM é outro ajuste fundamental, tendo em vista a optimização da bicicleta para o ciclista e para a máxima eficiência do seu gesto técnico de pedalar. O objectivo, como ponto de partida, é posicionar, na vertical, a rótula do joelho sobre o eixo do pedal, quando os cranks se encontram em posição horizontal. O posicionamento do selim deve ser feito gradualmente, avançando-o ou recuando-o sobre o espigão, e simultaneamente deve ser verificada a conveniência em se proceder a novas correcções na altura do selim. A bicicleta tem necessariamente de estar sobre uma superfície horizontal e o ciclista deve calçar os seus sapatos de treino e/ou competição, em estrada.