Pelotão Cavaca
Desporto
Covilhã, Pedras Lavradas...
(foto de 21-1-2010)
Hoje, e sem que nada estivesse agendado, às 12h 30m passou-nos uma ideia pela cabeça, que, se rápido se pensou, mais veloz se concretizou. Saí do Periferia às 13 horas e rumo às Pedras Lavradas,,,Simões um pouco mais tarde por motivos de trabalho, foi ao meu encontro. Uma ideia a repetir, pois pouco prejudica o trabalho e sempre se fazem uns quilómetros.
Abraço a todos.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Depilação...
Giovanni Gerbi
Chamavam-no de “o diabo roxo”, mas seu verdadeiro nome era Giovanni Gerbi, um campeão nos primeiros anos do século XX. Além de suas vitórias, passou para a história do desporto como o pioneiro das pernas depiladas.
Sabe-se que nos primórdios do ciclismo, os corredores eram tão despreparados que hoje até parece piada: sem regras, sem treino e sem planeamento. Na primeira Paris-Brest-Paris em 1891, disputada em 1196Km a maioria dos corredores disse que jamais haviam pedalado mais de 100Km num único dia.
Com o passar do tempo, o ciclismo foi ficando mais popular e evoluido. Assim as equipas começaram a contar com treinadores e massagistas. Porém, os pêlos que cobriam suas pernas impediam uma boa massagem com unguentos ao mesmo tempo que dificultavam a recuperação em caso de quedas.
A solução foi mostrada por Giovanni Berbi. Italiano de Asti (04/06/1885) que ganhou o Giro de Lombardia em 1905 e o Giro de Piamonte em 1906, 1907, e 1908. Foi um pioneiro no ciclismo italiano e mundial, além de um defensor de novas técnicas.
Dentre suas idéias destacam-se o hábito de percorrer previamente o trajeto da prova para escolher a melhor relação (lembrando que era uma época pré-câmbio), investigar a forma física de seus adversários nas corridas anteriores, usar camisa de seda ao invés de algodão e, principalmente, depilar as suas pernas e a cabeça, buscando uma rudimentar melhoria na aerodinâmica, numa época que esse conceito sequer existia. Sua primeira aparição com as pernas depiladas foi em 1903 na Milano-Alessandria, onde ganhou apenas uma etapa e o apelido, alusão a cor de sua roupa.
Mas sua idéia não vingou e acabou esquecida ante a ignorância, o preconceito e o medo do ridículo. Somente passados 20 anos o hábito retornou, desta vez com outro italiano, Leonida Frascarelli, terceiro no Giro d’Italia daquele ano. Os seus companheiros de equipa (Ideor-Pirelli) não acreditaram na técnica, assim como os cronistas desportivos que ironizaram o aspecto das pernas de Leonida: para eles, um corredor era um paradigma de força e sofrimento, e devia ter esse aspecto. Mesmo assim, a prática fortaleceu-se contra aqueles que diziam que era uma mudança apenas estética (e que de fato há).
As vantagens numeradas para as pernas lisas vão desde uma maior aerodinâmica (sensível, mas existe) até o médico, já que a ausência de pêlos representa um risco menor de infecções em caso de quedas e facilita a limpeza dos ferimentos. A hora da massagem é vantajosa para aqueles de pernas lisas, já que os pêlos dificultam o trabalho.
Mesmo assim, o preconceito existe, e entre os amadores ainda é uma prática tímida.