Pelotão Cavaca
Desporto
Covilhã-Palmela, 302km souberam a pouco.
José Cavaca, Francisco Romão, e Armando Oliveira, foram os elementos que saíram da Covilhã rumo a Palmela. António Lebre e Sebastião Aparício foram os extraordinários corajosos que às 6h da manhã se deslocaram para o ponto de partida, para nos fazerem companhia até C. Branco.
A nossa partida da Covilhã às 6h 30m. Muito nevoeiro e 1 grau positivo.
No alto da Serra da Gardunha começava a aclarar o dia.
Perto da Soalheira os primeiros raios Solares davam-nos os bons dias.
E agora sim, podia ver bem o Aparício...
E o António Lebre!!!
Grande gesto, de dois grandes aliados.
A nossa passagem em Castelo Branco.
Entrada em Vila Velha de Rodão.
O concelho de Vila Velha de Ródão fazia parte da Herdade da Açafa, doada aos templários pelo Rei Sancho I em 1189, e o seu povoamento é anterior à formação da nacionalidade. Não se lhe conhece foral.
Após passarmos a ponte, o primeiro aquecimento do dia. A Serra de Rodão.
Pelas 10h 15m entravamos no Alentejo!
Nisa.
É sede de um município com 573,93 km² de área e 7 450 habitantes, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a oeste e norte pelo município de Vila Velha de Ródão, a leste pela Espanha, a sueste por Castelo de Vide, a sul por Portalegre, a sudoeste por Gavião e a noroeste por Mação.
Francisco Romão, descontração e muita vontade em completar esta tirada.
A linda aldeia de Arez.
A aldeia é cindida, a meio, por uma importante estrada, baldeando a toda a hora um sbstancial movimento rodoviário de Lisboa, Ribatejo e Alentejo para as Beiras e vice-versa, o que lhe confere uma falsa representação de progresso, aliás, um pouco à guisa de Tântalo: vendo-o, quase nada usufrue dele; servindo, jaz des-servida, apenas uma fugaz afora ruídos impertinentes e fumos fedorentos que mal presumo - serão em tudo nada toxígeneos.
Agora rolava-se nas longas retas de Rosmaninhal en direção a Ponte de Sor.
Mas, a 5km de Ponte de Sor o encontro com mais dois grandes destemidos.
O grande amigo de longa data Mário Fernandes, e o colega Carlos Matos.
Saíram de Lisboa para virem a nosso encontro, e acompanharem-nos até Coruche.
Carlos Matos, homem de 60 anos com uma condição física invejável.
Quando for grande gostava de ser assim.
Alegres e festivos cumprimentos, foram para mim momento excecional.
Em Ponte de Sor uma pequena paragem para repor alguns líquidos.
E o registo do momento com o Mário Fernandes, que também já pedalou na Volta a Portugal.
Novamente sapatos nos pedais, e toca a pedalar agora rumo a Couço.
Mas outra surpresa nos aguardava. O amigo Silvério Correia vinha de Lisboa com os olhos bem afinadinhos para nos ver e registar o momento.
Confesso que para mim foi uma alegria excedente, e tal como ele afirma ter visto em nós uma "alegria a brotar por todos os poros", eu vi no Silvério, a felicidade que gozou por partilhar connosco, mesmo que por breves minutos, esta nossa aventura.
Grande Silvério, o nosso muito obrigado pelo gesto!
Mas a seguir a Coruche, os amigos Mário Fernandes e Carlos Matos tiveram que seguir outra direção. Nós aqui viramos à esquerda para Malhada Alta e Canha.
Muito agradecidos ficamos pela companhia e pela grande ajuda nas longas retas de Coruche.
Passagem em Canha. Aqui já cheirava a Palmela.
E à passagem por Poceirão já se lamentava o fim tão repentino da "tirada".
O Armando Oliveira chegou mesmo a afirmar, "que pena já estar a terminar".
Chegada a Palmela com 290km. Ainda fomos até Pinhal Novo para atingir os 302km.
A todos os que nos acompanharam, e que de tantas formas nos deram ânimo, o nosso muito obrigado, pois era sempre com alegria que ouvia-mos a voz de um amigo ao telefone a dizer que "essa já tá quase no papo".
Companheiros, só tenho uma mente, mas tenho nela milhares de estradas para percorrer com verdadeiros amigos.
"ESTA JÁ ESTÁ, VENHA A 5ª COVILHÃ-PALMELA".