Pelotão Cavaca
Desporto
Quando o ciclismo é mais importante que "coser meias"
Entre os 11 comissários de corrida da 36.ª Volta ao Algarve houve três mulheres cuja paixão pelo ciclismo fez gastar dias de férias e fora de casa para zelarem pelos regulamentos, ignorando “ordens” para irem “coser meias”.
A lacobrigense Paula Martins, de 42 anos e há 20 em funções, tem o mais alto estatuto - comissária internacional - e foi praticante das duas rodas, tal como Neusa Santos, com 35 anos e 16 de experiência, embora a nível nacional. Marta Oliveira, assistente social de 26 anos, é a mais recente perita do trio, por “influência de amigos e amigos de amigos”, a envergar a farda azul com o símbolo colorido da União Ciclista Internacional (UCI), também só em corridas portuguesas. Marta e Neusa partilham a origem: Loulé.
“Aqui no Algarve, já é normal, não há discriminação. Há seis comissárias no activo, mas foi a Paula quem desbravou o caminho. Lá para cima é que ainda estranham um bocado. O mais difícil é lidar com a responsabilidade crescente nas corridas”, disse à Agência Lusa Neusa Santos, secretária de profissão. Paula Martins, igualmente secretária, ainda guarda na memória um Circuito de Caneças em que foram estipuladas cinco voltas em vez das tradicionais seis, que até os cartazes atestavam, quando ainda era comissária regional.
“Foi o fim da picada. Obviamente, nós acabámos com a corrida à quinta volta como estava combinado, mas a população revoltou-se e eu fui um dos alvos mais apetecíveis: vai mas é coser meias, gritavam eles”, conta a mais antiga comissária da UCI portuguesa em conjunto com a colega do curso de 1988, Isabel Fernandes.
Paula Martins lembra ainda as dificuldades dos primeiros tempos, quando subiu de regional a internacional em três anos e os comissários do género masculino a “olhavam de lado” por “tão rápida ascensão”. “A família é que fica prejudicada. Por exemplo, ao meu filho de 14 anos só vi os primeiros passos e a primeira sopa através de fotografias”, lamentou, reconhecendo que também há uma “grande família no ciclismo”.
Para as corridas em que são nomeados, quer a nível nacional, quer a nível internacional, os comissários recebem, respectivamente, 50 e 75 euros de diária e têm de abdicar de dias de férias porque “nenhum patrão dá dispensas para isto”.
Na “Algarvia”, Paula Martins, como “técnica”, acompanha a corrida, num dos carros da organização, atentando a quaisquer irregularidades, enquanto Neusa Santos é auxiliar do juiz de chegada e Marta Oliveira é juíza de partida.
Autoria e outros dados (tags, etc)
8 comentários
De Jorge Medeiros a 25.02.2010 às 10:38
Já estou a pensar em comprar rolso, onde posso arranjar uns iguais aos do amigo Cavaca?
Abraço
Medeiros
De oui c´est moi a 25.02.2010 às 10:46
Rolos como os do amigo cavaca não é para "toscos" a andar de bike....!!! ???, com o devido respeito .... Na Covilhã ART´BIKE tem rolos, fica junto à Adega da Covilhã ou qualquer outra casa de venda de Bikes com qualificação **** ou *****......
Abraço
De Jorge Medeiros a 25.02.2010 às 10:52
Na ART'BIKE tem rolos livres como os do Cavaca?
Grande abraçao e até este fim de semana.
Medeiros
De oui c´est moi a 25.02.2010 às 11:11
Não tem em exposição mas pode encomendar, certamente.
De José Cavaca a 25.02.2010 às 12:23
José Cavaca
De Jorge Medeiros a 25.02.2010 às 21:00
abraço
Medeiros
De Anónimo a 25.02.2010 às 11:07
Bell reportage "copan" Cáváca.
Les femme son belle. Mulheres au "PODERE". Apesár de serr muito "mácho", sou un feministe "ferenhe", je les adore, idolátro-as, women son ma "perdicion", to "fecando brute et maluque", sen elles o que séria do monde e dos homens.. Think?. Mulheres ao POWER.. Oi mas non la Ferreira.. com leite, que mete medo ao medo.
Cáváca faça um reportage sur femmes. Oh oui Vanessa Fernandes, Portuguese girl, triatela.
De Diogo a 26.02.2010 às 19:41
Deixo aqui http://jornalciclismo.com/pelotao-nacion